(Trabalho para o Portal do Inferno)
Aconteceu hoje, 28/06, na capital paulista, o anúncio oficial do festival SWU 2011. Em uma cerimônia voltada para a mídia especializada, o Portal do Inferno foi convidado a estar presente e trazer para seu público as novidades que o festival apresenta para esse ano.
Em uma apresentação multimídia que durou uma hora e meia e foi encabeçada pelo apresentador da Rede Globo Zeca Camargo, o que os repórteres ali presentes puderam presenciar foi, além do que despertava mais curiosidade que era, obviamente, as atrações do evento, muita informação a cerca de todo o projeto que gira em torno do SWU. Numa nítida empreitada para desmontar a visão de que o SWU é apenas um festival de música, mas sim uma como não cansaram de dizer “idéia em movimento”, a organização apresentou inúmeros dados estatísticos que comprovam o tamanho e volume de ações que carregam a marca. Assim como também parceiros, idéias colocadas em prática, empreendimentos e tudo o que gira em torno da idéia principal: sustentabilidade. Também fizeram questão de dizer que aprenderam com os erros do ano passado, já que durante o último evento muitas reclamações foram registradas e inclusive divulgadas na mídia, como todo o transtorno nos banheiros e área dos campings, fatos esses bastante citados como os principais aprimoramentos para esse ano.
As principais mudanças foram na área da estrutura do evento. Mais espaço para o público, porém sem aumentar o contingente de espectadores. Mais lugares no estacionamento, e este mais acessível para os usuários do camping. Melhor sinalização e indicação de áreas dentro do espaço do festival. Uma nova praça de alimentação, este ano montada e gerenciada pela organização. E a triplicação dos sanitários, assim como novas localizações, esperando com isso atender as reivindicações surgidas ano passado.
Mas o que importa realmente a todos nós: o local, as atrações e os ingressos. Logo, vamos a eles:
Paulínia, a nova casa do evento
Para explicar a mudança de local, a organização fez um longo discurso, onde salientou que, primeiramente, buscaram um local onde houvesse um real comprometimento com as idéias paralelas ao festival. Muitas cidades se ofereceram e apresentaram projetos, mas diante do enorme volume de ações culturais que normalmente acontecem em Paulínia, junto com fatores mercadológicos interessantes (como por exemplos indústrias da região interessadas em participar dos projetos), esta foi a cidade escolhida. Também segundo a organização, o interior de São Paulo é o 2° maior mercado do país, perdendo apenas para a capital paulista. E, por conta disso, o festival não poderia sair do interior. Idéia reforçada, segundo dados apresentados, pelo fato de o interior paulista der sido responsável por 39% dos ingressos vendidos ano passado, sendo assim o maior consumidor do festival. Todos esses fatores fizeram o SWU sair de Itu, mas permanecer no interior, e estrategicamente, diga-se, permanecer próximo a capital paulista. O contrato firmado foi de cinco anos. O evento esse ano acontece entre os dias 12 e 14 de Novembro.
Ingressos
Segundo a organização (que não citou o valor dos ingressos), não será cobrada taxa de conveniência em nenhum posto físico de venda de ingresso, e a mesma será reduzida pela metade nos demais postos. Os ingressos para o SWU estarão à venda a partir do dia 11 de julho pela Ingresso Rápido (Internet e Call Center) e em 60 pontos de venda em todo o país, além das Lojas FNAC de São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Curitiba.
As atrações
Antes de divulgar os, até aqui, apenas cinco nomes confirmados do evento, a organização fez um detalhado discurso procurando deixar claro três fatores básicos para essas escolhas: O SWU ser um festival de música e não algo segmentado, a vontade de ter algo que transitasse entre o Metal e o Pop, e que atingisse todas as gerações, não se prendendo aos mais jovens apesar de, assumidamente, essa ser a maior meta de todos os projetos da marca. E, dentro dessa ótica, os nomes anunciados foram: Megadeth, Snoop Dogg, The Black Eyed Peas, Damian Marley e Peter Gabriel&Orquestra. Este último enfaticamente comemorado pela organização, que disse “ter tido um belo trabalho para fechar esse show, mas que o mesmo valia essa pena, já que está sendo sold out em todos os lugares do mundo”. Ressaltaram também que estes são apenas o começo da lista, e que as demais atrações serão anunciadas com o passar do tempo, pelos canais ligados ao SWU. Foi também anunciado o nome de Neil Young, mas apenas como palestrante nos fóruns de sustentabilidade que acontecem paralelos ao evento. Também segundo a organização, Neil tornou-se um enfático divulgador de idéias de reciclagem e sustentabilidade, e que te-lo como palestrante é um dos grandes trunfos do festival desse ano, esperando que com esse contato possam fechar uma apresentação musical para o ano que vem.
E assim encerrou-se a abertura do evento em sua versão 2011. Sem nenhum nome que cause realmente um grande impacto, sem nenhuma atração a muito esperada por nós, brasileiros. E com muitas idéias que, se realmente colocadas em prática, e não apenas na época do festival, podem certamente criar algo verdadeiramente positivo para todos.
terça-feira, 28 de junho de 2011
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Cathedral – Manifesto (São Paulo) – 24/06
Trabalho: reportagem completa (texto e fotos)
Bandas: Cathedral (Inglaterra)
Matéria cedida ao site Portal do Inferno
Abro este trabalho com um comentário que deveria ser claro a todos que organizam um evento: bar é bar, casa de shows é casa de shows. São duas estruturas diferentes, duas abordagens diferentes, e não adianta um querer fazer as vezes do outro, pois certamente algo dará errado. Como aconteceu. Esse foi o segundo evento de grande porte que fui cobrir no Manifesto esse ano, e em ambas as oportunidades presenciei o mesmo problema: um atraso gigantesco em relação ao horário anunciado. O show do Cathedral estava sendo anunciado para as 22hs de sexta. Ingressos sendo vendidos em pontos de venda, internet e na portaria do local, no dia. Pois bem, se não fosse este que vos fala se informar com o segurança sobre a montagem da fila, a confusão seria muito maior. Pois as 21h30, com a casa ainda fechada, após meu questionamento eles resolveram dividir a fila em duas: os que já possuíam ingresso, e os que ainda iriam comprar. As 22h15 a casa abriu as portas. Sim, ABRIU AS PORTAS, com 15 minutos de atraso ao horário anunciado para início do evento. Os que ainda precisavam do ingresso foram obrigados a ficar parados, esperando aqueles que já tinham entrar. Imprensa pegando fila normalmente no meio do público. Porta congestionada tamanha a confusão para se liberar a entrada das pessoas que haviam comprado pela internet. Resumindo: um caos total! Já lá dentro, sem lugares para se sentar, o que se via eram pessoas se jogando pelo chão em todos os cantos possíveis, reclamações, vaias, pedidos de “começa logo”. Sim, prq o show teve início pontualmente as 0h30. Ou seja, DUAS HORAS E MEIA DE ATRASO em relação ao horário anunciado. Uma senhora ao meu lado na beira do palco bradava que iria processar a casa, pois isso é desrespeito com o público. Segundo palavras dela, coerentes por sinal, “a casa faz isso para obrigar vc a consumir enquanto espera”. E justamente por considerar o argumento coerente que abri essa resenha com aqueles dizeres. Enquanto a organização do Manifesto quiser receber shows internacionais, mas tratar seu público como público de “balada”, sempre passaremos por isso. Até que o público faça algo, como a senhora citada ameaçou. E só um comentário: Manifesto, desperte para detalhes, muitas vzs simples. Entregar um ingresso para quem comprar na porta, além da simples comanda da casa, será visto com bons olhos. Momentos como esse, geralmente, uma lembrança normal como um ingresso de recordação faz diferença. Positiva.
Mas vamos ao show, que é o que interessa. Pontualmente as 0h30, o tecladista Munch adentra ao palco e começa um solo que abre, finalmente, o show. Aos poucos os músicos vão descendo do camarim (o qual já estive algumas vzs), e em alguns minutos Gary Jennings (guitarra), Scott Carlson (baixo), Brian Dixon (bateria) e por fim o cabeça disso tudo, Lee Dorrian iniciam o show em si. Vampire Sun foi a escolhida para ser a primeira música do Cathedral ouvida em solo brasileiro em mais de vinte anos de estrada. Ao longo do último mês e meio, Lee não cansou de dizer que estava muito feliz com a oportunidade de tocar no Brasil. E posso dizer que toda a banda demonstrou isso através de todo o set list. Sempre interagindo com o público, pincipalmente Scott e Lee, a banda soube manter o ritmo do show. Enter the Worms e o primeiro grande momento do show: North Berwick Witch Trials, musicaça que colocou a pista em chamas, de uma vz por todas! Midnight Mountain, Um-Natural World (que não vinha sendo executada nos últimos shows), Funeral of Dreams, Cosmic Funeral, Carnival Bizarre deram sequência a um show muito correto, em que se podia observar um Lee extremamente performático durante todo o tempo, hora fazendo coreografias estranhas, hora brincando de zumbi com o microfone enfiado na boca. Um show a parte!
E então o momento, confesso, mais esperado por mim: a abordagem da fase mais Doom da banda, que foi onde muitos começaram a criar sua admiração pelo Cathedral. Night of the Seagulls e Ebony Tears foram executadas de forma perfeita. Grande momento do show! Na sequência, para dar aquele up novamente, Corpsecycle e mais uma exclusividade nossa: Utopian Blaster. Ao final dessa, a banda faz um breve agradecimento e sobe para o camarim. Sem muita enrolação retornam para o bis, com Lee agradecendo a todos os fãs que esperaram por mais de vinte anos para poder vê-los, ressaltou o fato de estar feliz em estar encerrando a carreira passando por terras brasileiras antes e anunciou uma “muito antiga, que não tocávamos a muito tempo”: Soul Sacrifice. Belíssima surpresa para aqueles que os acompanham desde os primeiros passos. Ride seguiu-se e a banda novamente agradecia a todos e saía do palco. Agora a público começa a cobrar um de seus maiores clássicos, e que vem fechando seus shows já a algum tempo.
Ao coro de “Hopkins, Hopkins” a banda retornou para seu segundo bis, e sem muita perda de tempo e um breve discurso do Lee, Hopkins - The Witchfinder General era executada. Pancada, para fechar (agora realmente) o show em grande estilo! Mais uma despedida, dessa vez enfática, com os membros cumprimentando aos que estavam na primeira fila (incluo-me nesse grupo) e a banda encerrava sua apresentação.
Em minha visão de jornalista devo dizer que a banda veio e executou um show extremamente competente, profissional, mostrou um pouco de todas as fases, porém talvez tenha faltado um pouco de energia para uma primeira e última apresentação em nosso solo. Em minha visão de fã devo dizer que esperava um show um pouco maior, devido ao fator histórico do mesmo, mas que o set list escolhido matou a sede de ouvir essa grande banda. Sede essa que tanto perdurou em nossas gargantas. As (por volta de) 250 pessoas que ali estavam, apesar de cansadas, incomodadas com o atraso e toda a falta de organização, certamente voltaram para casa de alma lavada (assim como eu), e com a lembrança de ter presenciado um momento histórico em nossas terras.
Para ver a publicação no site:
http://portaldoinferno.com.br/reviews/reviews-shows/554-cathedral-manifesto-bar-sao-paulosp.html
Para ver o álbum de fotos do show:
http://portaldoinferno.com.br/fotos/category/33-cathedral-saopaulo-24-06-2011.html
Bandas: Cathedral (Inglaterra)
Matéria cedida ao site Portal do Inferno
Abro este trabalho com um comentário que deveria ser claro a todos que organizam um evento: bar é bar, casa de shows é casa de shows. São duas estruturas diferentes, duas abordagens diferentes, e não adianta um querer fazer as vezes do outro, pois certamente algo dará errado. Como aconteceu. Esse foi o segundo evento de grande porte que fui cobrir no Manifesto esse ano, e em ambas as oportunidades presenciei o mesmo problema: um atraso gigantesco em relação ao horário anunciado. O show do Cathedral estava sendo anunciado para as 22hs de sexta. Ingressos sendo vendidos em pontos de venda, internet e na portaria do local, no dia. Pois bem, se não fosse este que vos fala se informar com o segurança sobre a montagem da fila, a confusão seria muito maior. Pois as 21h30, com a casa ainda fechada, após meu questionamento eles resolveram dividir a fila em duas: os que já possuíam ingresso, e os que ainda iriam comprar. As 22h15 a casa abriu as portas. Sim, ABRIU AS PORTAS, com 15 minutos de atraso ao horário anunciado para início do evento. Os que ainda precisavam do ingresso foram obrigados a ficar parados, esperando aqueles que já tinham entrar. Imprensa pegando fila normalmente no meio do público. Porta congestionada tamanha a confusão para se liberar a entrada das pessoas que haviam comprado pela internet. Resumindo: um caos total! Já lá dentro, sem lugares para se sentar, o que se via eram pessoas se jogando pelo chão em todos os cantos possíveis, reclamações, vaias, pedidos de “começa logo”. Sim, prq o show teve início pontualmente as 0h30. Ou seja, DUAS HORAS E MEIA DE ATRASO em relação ao horário anunciado. Uma senhora ao meu lado na beira do palco bradava que iria processar a casa, pois isso é desrespeito com o público. Segundo palavras dela, coerentes por sinal, “a casa faz isso para obrigar vc a consumir enquanto espera”. E justamente por considerar o argumento coerente que abri essa resenha com aqueles dizeres. Enquanto a organização do Manifesto quiser receber shows internacionais, mas tratar seu público como público de “balada”, sempre passaremos por isso. Até que o público faça algo, como a senhora citada ameaçou. E só um comentário: Manifesto, desperte para detalhes, muitas vzs simples. Entregar um ingresso para quem comprar na porta, além da simples comanda da casa, será visto com bons olhos. Momentos como esse, geralmente, uma lembrança normal como um ingresso de recordação faz diferença. Positiva.
Mas vamos ao show, que é o que interessa. Pontualmente as 0h30, o tecladista Munch adentra ao palco e começa um solo que abre, finalmente, o show. Aos poucos os músicos vão descendo do camarim (o qual já estive algumas vzs), e em alguns minutos Gary Jennings (guitarra), Scott Carlson (baixo), Brian Dixon (bateria) e por fim o cabeça disso tudo, Lee Dorrian iniciam o show em si. Vampire Sun foi a escolhida para ser a primeira música do Cathedral ouvida em solo brasileiro em mais de vinte anos de estrada. Ao longo do último mês e meio, Lee não cansou de dizer que estava muito feliz com a oportunidade de tocar no Brasil. E posso dizer que toda a banda demonstrou isso através de todo o set list. Sempre interagindo com o público, pincipalmente Scott e Lee, a banda soube manter o ritmo do show. Enter the Worms e o primeiro grande momento do show: North Berwick Witch Trials, musicaça que colocou a pista em chamas, de uma vz por todas! Midnight Mountain, Um-Natural World (que não vinha sendo executada nos últimos shows), Funeral of Dreams, Cosmic Funeral, Carnival Bizarre deram sequência a um show muito correto, em que se podia observar um Lee extremamente performático durante todo o tempo, hora fazendo coreografias estranhas, hora brincando de zumbi com o microfone enfiado na boca. Um show a parte!
E então o momento, confesso, mais esperado por mim: a abordagem da fase mais Doom da banda, que foi onde muitos começaram a criar sua admiração pelo Cathedral. Night of the Seagulls e Ebony Tears foram executadas de forma perfeita. Grande momento do show! Na sequência, para dar aquele up novamente, Corpsecycle e mais uma exclusividade nossa: Utopian Blaster. Ao final dessa, a banda faz um breve agradecimento e sobe para o camarim. Sem muita enrolação retornam para o bis, com Lee agradecendo a todos os fãs que esperaram por mais de vinte anos para poder vê-los, ressaltou o fato de estar feliz em estar encerrando a carreira passando por terras brasileiras antes e anunciou uma “muito antiga, que não tocávamos a muito tempo”: Soul Sacrifice. Belíssima surpresa para aqueles que os acompanham desde os primeiros passos. Ride seguiu-se e a banda novamente agradecia a todos e saía do palco. Agora a público começa a cobrar um de seus maiores clássicos, e que vem fechando seus shows já a algum tempo.
Ao coro de “Hopkins, Hopkins” a banda retornou para seu segundo bis, e sem muita perda de tempo e um breve discurso do Lee, Hopkins - The Witchfinder General era executada. Pancada, para fechar (agora realmente) o show em grande estilo! Mais uma despedida, dessa vez enfática, com os membros cumprimentando aos que estavam na primeira fila (incluo-me nesse grupo) e a banda encerrava sua apresentação.
Em minha visão de jornalista devo dizer que a banda veio e executou um show extremamente competente, profissional, mostrou um pouco de todas as fases, porém talvez tenha faltado um pouco de energia para uma primeira e última apresentação em nosso solo. Em minha visão de fã devo dizer que esperava um show um pouco maior, devido ao fator histórico do mesmo, mas que o set list escolhido matou a sede de ouvir essa grande banda. Sede essa que tanto perdurou em nossas gargantas. As (por volta de) 250 pessoas que ali estavam, apesar de cansadas, incomodadas com o atraso e toda a falta de organização, certamente voltaram para casa de alma lavada (assim como eu), e com a lembrança de ter presenciado um momento histórico em nossas terras.
Para ver a publicação no site:
http://portaldoinferno.com.br/reviews/reviews-shows/554-cathedral-manifesto-bar-sao-paulosp.html
Para ver o álbum de fotos do show:
http://portaldoinferno.com.br/fotos/category/33-cathedral-saopaulo-24-06-2011.html
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quinta-feira, 23 de junho de 2011
Review CD - Illud Divinum Insanus - Morbid Angel
Qualquer pessoa iniciada no Metal sabe o que sentir quando ouve o nome Morbid Angel. Qualquer um iniciado no Metal extremo sabe o que sentir ao ouvir David Vincent. E este é o último trabalho dessa banda que ficou marcada como um dos inventores do Death Metal, e tendo de volta após muito tempo seu grande ícone, o baixista/vocalista citado. Isso obviamente gerou uma grande expectativa em torno desse álbum. Pois bem, aqui vale a pergunta: qual era exatamente sua expectativa? Quanto e de quão perto vc acompanhou a carreira deles através dos anos? Talvez a fonte de todas as reações para com este álbum esteja na resposta dessas perguntas. Explico: se vc acompanha a banda, deve ter percebido que já a um bom tempo o Morbid deixou de fazer aquele Death Metal cru. Seus álbuns, aos poucos, foram se tornando cada vz mais experimentais, trazendo faixas que sempre soaram “estranhas” a primeira audição. Inevitável. Se vc os conheceu desde os tempos do Altars, é inevitável não achar estranho algo que não seja brutalidade pura e técnica. Porém, como citei e qualquer um que conhece o trabalho deles sabe, a cada novo álbum, algumas novas surpresas. Logo, será que apenas a volta de David para a banda seria suficiente para essa postura se modificar?
Logo na faixa intro percebemos que a essência continua ali: mais uma faixa com aqueles medonhos teclados pseudo épicos que eles tanto gostam. Ok, até aqui a banda soa como esperamos. Na segunda faixa, o temor de todos os “trues” começa a dar as caras: Too Extreme! não tem nada de Death Metal, nem de extremo, como o nome sugere. Pelo contrário, flerta claramente com o Industrial, porém ainda muito pesado. As duas faixas seguintes aplacam um pouco a fúria dos mais tradicionais que já deveriam estar sentindo vontade de arremessar o CD pela janela. Existo Vulgoru e Blades for Baal trazem um Death Metal direto, bem construído e executado. I Am Morbid e More Dead já soam mais como um “filhote de Pantera”, com riffs pesados, diretos, porém em músicas bem cadenciadas e que podem até ser consideradas lentas, em se tratando de Morbid. A segunda acaba virando um belo Death em sua segunda metade, retornando ao tema inicial depois. Porém, talvez aqui resida um dos melhores momentos do álbum. Aí, adentramos a parte do trabalho que acredito tenha deixado uma interrogação gigantesca na cabeça de qualquer um que o ouviu pela primeira vz: que diabos eles quiseram com a faixa Destructos Vs. The Earth – Attack ?! Se David cantasse essa faixa de uma forma um pouco mais limpa, e alguém colocasse a mesma como um bônus de um álbum do Rammstein, ninguém perceberia que não eram eles executando. Industrial, nu e cru. E, sinceramente? Do caralho! Uma baita música! Absurdamente estranha, mas uma baita música! Ela ainda traz uma surpresinha em seu final, acredito que para alguns pararem de os xingar! (rs) Nevermore e Beauty Meets Beast voltam ao básico: cru, direto, rápido e técnico. Radikult já começa causando calafrios. E continua assim. Mais um momento industrial, extremamente pesado e estranho para ouvidos “trues”. Mais uma grande faixa, onde David aparece bastante, com passagens bem nítidas de baixo. Profundis - Mea Culpa retorna a faixa intro de forma pesada e encerra bem este trabalho.
Confesso que tive que ouvir duas vezes seguidas esse álbum para que o mesmo fizesse algum sentido para mim. Porém, na segunda audição, “lembrei” que estava ouvindo Morbid Angel, e que este, como abri o texto dizendo, sempre mostra sua total falta de medo em testar. E, nessa ótica, entendendo os prqs que os levaram a esse resultado final, passei a achar esse álbum fantástico. Acabei por ouvi-lo uma terceira vez seguida, e aí sim curtindo e aproveitando cada música como ela deveria ser. Se vc ainda vive na década de 90, e espera que o Morbid repita o Altars, pelo visto morrerá frustrado. Porém, se vc evoluiu junto com a banda, deve estar com o mesmo sentimento que eu: que os caras se reinventaram de uma forma gigantesca, chocaram a todos com essa evolução, e continuam sendo um ícone. Sem medo de arriscar. E acertar. Por mais que esse acerto precise de uma segunda ouvida para descer como deve. Minha nota: 9.
Tracklist:
"Omni Potens" - 2:28
"Too Extreme!" - 6:13
"Existo Vulgoré" - 3:59
"Blades for Baal" - 4:52
"I Am Morbid" - 5:16
"10 More Dead" - 4:51
"Destructos Vs. the Earth - Attack" - 7:15
"Nevermore" - 5:07
"Beauty Meets Beast" - 4:56
"Radikult" - 7:37
"Profundis - Mea Culpa" - 4:05
Logo na faixa intro percebemos que a essência continua ali: mais uma faixa com aqueles medonhos teclados pseudo épicos que eles tanto gostam. Ok, até aqui a banda soa como esperamos. Na segunda faixa, o temor de todos os “trues” começa a dar as caras: Too Extreme! não tem nada de Death Metal, nem de extremo, como o nome sugere. Pelo contrário, flerta claramente com o Industrial, porém ainda muito pesado. As duas faixas seguintes aplacam um pouco a fúria dos mais tradicionais que já deveriam estar sentindo vontade de arremessar o CD pela janela. Existo Vulgoru e Blades for Baal trazem um Death Metal direto, bem construído e executado. I Am Morbid e More Dead já soam mais como um “filhote de Pantera”, com riffs pesados, diretos, porém em músicas bem cadenciadas e que podem até ser consideradas lentas, em se tratando de Morbid. A segunda acaba virando um belo Death em sua segunda metade, retornando ao tema inicial depois. Porém, talvez aqui resida um dos melhores momentos do álbum. Aí, adentramos a parte do trabalho que acredito tenha deixado uma interrogação gigantesca na cabeça de qualquer um que o ouviu pela primeira vz: que diabos eles quiseram com a faixa Destructos Vs. The Earth – Attack ?! Se David cantasse essa faixa de uma forma um pouco mais limpa, e alguém colocasse a mesma como um bônus de um álbum do Rammstein, ninguém perceberia que não eram eles executando. Industrial, nu e cru. E, sinceramente? Do caralho! Uma baita música! Absurdamente estranha, mas uma baita música! Ela ainda traz uma surpresinha em seu final, acredito que para alguns pararem de os xingar! (rs) Nevermore e Beauty Meets Beast voltam ao básico: cru, direto, rápido e técnico. Radikult já começa causando calafrios. E continua assim. Mais um momento industrial, extremamente pesado e estranho para ouvidos “trues”. Mais uma grande faixa, onde David aparece bastante, com passagens bem nítidas de baixo. Profundis - Mea Culpa retorna a faixa intro de forma pesada e encerra bem este trabalho.
Confesso que tive que ouvir duas vezes seguidas esse álbum para que o mesmo fizesse algum sentido para mim. Porém, na segunda audição, “lembrei” que estava ouvindo Morbid Angel, e que este, como abri o texto dizendo, sempre mostra sua total falta de medo em testar. E, nessa ótica, entendendo os prqs que os levaram a esse resultado final, passei a achar esse álbum fantástico. Acabei por ouvi-lo uma terceira vez seguida, e aí sim curtindo e aproveitando cada música como ela deveria ser. Se vc ainda vive na década de 90, e espera que o Morbid repita o Altars, pelo visto morrerá frustrado. Porém, se vc evoluiu junto com a banda, deve estar com o mesmo sentimento que eu: que os caras se reinventaram de uma forma gigantesca, chocaram a todos com essa evolução, e continuam sendo um ícone. Sem medo de arriscar. E acertar. Por mais que esse acerto precise de uma segunda ouvida para descer como deve. Minha nota: 9.
Tracklist:
"Omni Potens" - 2:28
"Too Extreme!" - 6:13
"Existo Vulgoré" - 3:59
"Blades for Baal" - 4:52
"I Am Morbid" - 5:16
"10 More Dead" - 4:51
"Destructos Vs. the Earth - Attack" - 7:15
"Nevermore" - 5:07
"Beauty Meets Beast" - 4:56
"Radikult" - 7:37
"Profundis - Mea Culpa" - 4:05
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domingo, 19 de junho de 2011
Rage - Carioca Club (São Paulo) - 19/06
Trabalho: reportagem completa (texto e fotos)
Mídia Credenciada: Portal do Inferno
Bandas: Rage (Alemanha)
Link da matéria, com álbum completo:
http://www.portaldoinferno.com.br/reviews/reviews-shows/524-rage-carioca-club-sao-paulosp.html#.UjAGKX9XpnU
http://www.portaldoinferno.com.br/fotos/category/32-rage-saopaulo-19-06-2011.html
Mídia Credenciada: Portal do Inferno
Bandas: Rage (Alemanha)
Link da matéria, com álbum completo:
http://www.portaldoinferno.com.br/reviews/reviews-shows/524-rage-carioca-club-sao-paulosp.html#.UjAGKX9XpnU
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Entrevista exclusiva com a banda Rage - 19/06
(Trabalho para o Portal do Inferno)
Link para a entrevista:
http://portaldoinferno.com.br/entrevistas/508-rage-victor-e-peavy.html
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sábado, 18 de junho de 2011
The Iron Maidens – Estúdio Emme (São Paulo) - 18/06/11
Trabalho: reportagem completa (texto e fotos)
Mídia Credenciada: Portal do Inferno
Bandas: The Iron Maidens (EUA)
Link da matéria, com álbum completo:
http://www.portaldoinferno.com.br/reviews/reviews-shows/495-the-iron-maidens-studio-m-sao-paulosp.html#.UjAGtn9XpnU
http://www.portaldoinferno.com.br/fotos/category/31-theironmaidens-saopaulo-18-06-2011.html
Mídia Credenciada: Portal do Inferno
Bandas: The Iron Maidens (EUA)
Link da matéria, com álbum completo:
http://www.portaldoinferno.com.br/reviews/reviews-shows/495-the-iron-maidens-studio-m-sao-paulosp.html#.UjAGtn9XpnU
http://www.portaldoinferno.com.br/fotos/category/31-theironmaidens-saopaulo-18-06-2011.html
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domingo, 12 de junho de 2011
The Agonist – Carioca Club (São Paulo) - 12/06
Trabalho: reportagem (Fotos: acervo pessoal)
Mídia Credenciada: Rock Brigade
Bandas: The Agonist (Canadá)
Surpreendente. Positivamente surpreendente. Essa é a primeira expressão que me vem à cabeça ao narrar esse show. O Agonist, banda canadense com uma curta estrada (estão apenas no segundo álbum), chamou a atenção de muitos principalmente pela sua vocalista, a bela Alissa White-Gluz. Um anjo de feições angelicais, que canta igual um demônio, mas com o diferencial de também usar vocais limpos. Acredito a principal questão na cabeça de todos antes do início do show ser “Será que ela canta tudo isso ao vivo, mesmo?”. Um questionamento, aceitemos, pertinente, e que também jogava contra a banda. Aliado a isso, o Agonist ganhou muito espaço entre um público banger mais jovem, o que acabou dando um pejorativo rótulo de “Metal de moleque” a eles. E, o que víamos entre o pequeníssimo público que compareceu ao Carioca Club na noite do dia dos namorados aqui no Brasil acabava por confirmar essas nuvens negras que pairavam sobre a banda.
Entretanto, o que pudemos perceber assim que o show começou foi exatamente o oposto. Música a música, os instrumentistas do Agonist foram mostrando que não são tão “bobinhos” quanto muitos gostariam de acreditar que eles fossem. Mostrando peso, coesão e muita energia, as músicas fluíam perfeitamente. Mas nada ali despertava mais comentários do que, obviamente, a performance de Alissa. Sim, prq desde a primeira música ela demonstrou ser mesmo um monstro dos vocais! Todo aquele gutural que ouvimos nos álbuns em estúdio são executados de forma idêntica ao vivo, assim como os vocais limpos, com a mesma clareza e limpidez. Pude perceber muita gente durante a primeira música se entreolhando e comentando a cerca disso. O embuste que muitos pensaram e até gostariam que fosse ser Alissa White-Gluz, na verdade, não passou de lenda!
O show começou com a música Swan Lake executada em som mecânico. Após ela, a banda foi preenchendo o palco, um a um, num breve improviso com cara de passagem de som relâmpago. E aí sim, o primeiro petardo da noite, The Tempest, e nós tínhamos a tão aguardada presença de Alissa no palco. Seguiran-se Rise and Fall, ... and Their Eulogies Sang me to Sleep e Serendipity, com sua intro lenta e bonitinha. Martyr Art e a mais conhecida deles, que fez o Carioca Club literalmente tremer: Thank You Pain. Paulada de gente grande! When The Bough Breaks, Birds Elope With the Sun, Globus Hystericus, e o que víamos durante a execução de todas elas era que, apesar de pequeno, o público presente estava ensandecido. As rodas aconteciam em todas as músicas, o povo apertado a frente do palco pulava e cantava, numa clara demonstração de que o show estava acertando em cheio! Born Dead Buried Alive, Forget Tomorrow e então uma pausa para que Alissa dividisse o público em duas partes e, ao seu comando, juntassem ambas numa grande roda. E então mandaram Lonely Solipsis. Business Suits and Combat Boots fechou a apresentação, por volta de 70 minutos após seu início. Um show curto, mas de dimensões enormes!
O que fica desse show de mais nítido é o fato da banda não se resumir a Alissa. O Baixista Chris Kells é um furacão no palco, quase impossível vê-lo parado, até mesmo quando está encarregado dos backing vocals. Ao lado do guitarrista Pascal “Paco” Jobin, transformaram o lado direito do palco num tsunami durante todo o show. Danny Marino (também guitarra) se mostrou um pouco mais discreto na primeira metade da apresentação, mas acabou mudando de postura colaborando muito para que o palco estivesse sempre tomado pelas cordas em sua linha de frente. Simon McKay é firme e preciso na bateria, dando o respaldo que o resto da banda precisa para ser o citado tsunami. E Alissa é mesmo uma mulher maravilhosa. De roubar as atenções quando. Mas não apenas por sua beleza, pois se mostrou uma vocalista competentíssima. Comunicativa, porém não carismática, sabe segurar o público. E quando não estava à frente, a interatividade de sua linha de cordas com o público foi perfeita. Resumindo: o Agonist, de “banda de moleque”, não mostrou nada! Fez um showzaço e surpreendeu positivamente a todos que estiveram ali.
Link da matéria, com álbum completo:
http://rockbrigade.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=839:the-agonist-mostrou-que-nao-e-qbanda-de-molequeq-em-sp&catid=4:onstage&Itemid=8
Mídia Credenciada: Rock Brigade
Bandas: The Agonist (Canadá)
Surpreendente. Positivamente surpreendente. Essa é a primeira expressão que me vem à cabeça ao narrar esse show. O Agonist, banda canadense com uma curta estrada (estão apenas no segundo álbum), chamou a atenção de muitos principalmente pela sua vocalista, a bela Alissa White-Gluz. Um anjo de feições angelicais, que canta igual um demônio, mas com o diferencial de também usar vocais limpos. Acredito a principal questão na cabeça de todos antes do início do show ser “Será que ela canta tudo isso ao vivo, mesmo?”. Um questionamento, aceitemos, pertinente, e que também jogava contra a banda. Aliado a isso, o Agonist ganhou muito espaço entre um público banger mais jovem, o que acabou dando um pejorativo rótulo de “Metal de moleque” a eles. E, o que víamos entre o pequeníssimo público que compareceu ao Carioca Club na noite do dia dos namorados aqui no Brasil acabava por confirmar essas nuvens negras que pairavam sobre a banda.
Entretanto, o que pudemos perceber assim que o show começou foi exatamente o oposto. Música a música, os instrumentistas do Agonist foram mostrando que não são tão “bobinhos” quanto muitos gostariam de acreditar que eles fossem. Mostrando peso, coesão e muita energia, as músicas fluíam perfeitamente. Mas nada ali despertava mais comentários do que, obviamente, a performance de Alissa. Sim, prq desde a primeira música ela demonstrou ser mesmo um monstro dos vocais! Todo aquele gutural que ouvimos nos álbuns em estúdio são executados de forma idêntica ao vivo, assim como os vocais limpos, com a mesma clareza e limpidez. Pude perceber muita gente durante a primeira música se entreolhando e comentando a cerca disso. O embuste que muitos pensaram e até gostariam que fosse ser Alissa White-Gluz, na verdade, não passou de lenda!
O show começou com a música Swan Lake executada em som mecânico. Após ela, a banda foi preenchendo o palco, um a um, num breve improviso com cara de passagem de som relâmpago. E aí sim, o primeiro petardo da noite, The Tempest, e nós tínhamos a tão aguardada presença de Alissa no palco. Seguiran-se Rise and Fall, ... and Their Eulogies Sang me to Sleep e Serendipity, com sua intro lenta e bonitinha. Martyr Art e a mais conhecida deles, que fez o Carioca Club literalmente tremer: Thank You Pain. Paulada de gente grande! When The Bough Breaks, Birds Elope With the Sun, Globus Hystericus, e o que víamos durante a execução de todas elas era que, apesar de pequeno, o público presente estava ensandecido. As rodas aconteciam em todas as músicas, o povo apertado a frente do palco pulava e cantava, numa clara demonstração de que o show estava acertando em cheio! Born Dead Buried Alive, Forget Tomorrow e então uma pausa para que Alissa dividisse o público em duas partes e, ao seu comando, juntassem ambas numa grande roda. E então mandaram Lonely Solipsis. Business Suits and Combat Boots fechou a apresentação, por volta de 70 minutos após seu início. Um show curto, mas de dimensões enormes!
O que fica desse show de mais nítido é o fato da banda não se resumir a Alissa. O Baixista Chris Kells é um furacão no palco, quase impossível vê-lo parado, até mesmo quando está encarregado dos backing vocals. Ao lado do guitarrista Pascal “Paco” Jobin, transformaram o lado direito do palco num tsunami durante todo o show. Danny Marino (também guitarra) se mostrou um pouco mais discreto na primeira metade da apresentação, mas acabou mudando de postura colaborando muito para que o palco estivesse sempre tomado pelas cordas em sua linha de frente. Simon McKay é firme e preciso na bateria, dando o respaldo que o resto da banda precisa para ser o citado tsunami. E Alissa é mesmo uma mulher maravilhosa. De roubar as atenções quando. Mas não apenas por sua beleza, pois se mostrou uma vocalista competentíssima. Comunicativa, porém não carismática, sabe segurar o público. E quando não estava à frente, a interatividade de sua linha de cordas com o público foi perfeita. Resumindo: o Agonist, de “banda de moleque”, não mostrou nada! Fez um showzaço e surpreendeu positivamente a todos que estiveram ali.
Link da matéria, com álbum completo:
http://rockbrigade.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=839:the-agonist-mostrou-que-nao-e-qbanda-de-molequeq-em-sp&catid=4:onstage&Itemid=8
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domingo, 5 de junho de 2011
Pain of Salvation – Carioca Club (SP) – 05/06
Trabalho: reportagem (Fotos: acervo pessoal)
Mídia Credenciada: Rock Brigade
Bandas: Pain of Salvation (Suécia)
Seis anos se passaram desde a primeira vez que a banda aportou em terras brasileiras, durante a turnê do então recém lançado álbum BE. E muita água passou por baixo dessa ponte chamada Pain of Salvation até que os mesmos retornassem. Mudanças no line up, que ocasionaram mudanças no direcionamento musical. Mesmo Daniel Gildenlöw sendo reconhecidamente o cérebro pensante da banda, é inegável o talento e harmonia que existia na então cozinha que se apresentou aqui em 2005 (Kristoffer Gildenlöw (baixo) e Johan Langell (Bateria)) e, por mais competentes que sejam os atuais (Léo Margarit (Bateria, membro fixo) e Per Schelander (baixo, contratado apenas para a tour)), ainda não conseguiram reproduzir o que se via em seus antecessores. Podemos dizer que o que se viu nessa segunda passagem do PoS pelo Brasil foi um baixista fazendo o que lhe cabe não sendo um membro fixo da banda, e um baterista competente, preciso, mas que não chegou a chamar a atenção. Nessa mesma abordagem tivemos Fredrik Hermansson, tecladista original da banda, mas que se limita a fazer sua parte atrás de seu teclado. Com uma postura extremamente discreta, chegamos a esquecer em alguns momentos que o PoS possui um tecladista no palco. O que não significa, em hipótese alguma, que Fredrik não tenha uma presença marcante, musicalmente falando.
E por que essa resenha abre falando desses três isoladamente? Simplesmente porque Daniel Gildenlöw e Johan Hallgren são um show a parte! A presença de palco, a força nas interpretações vocais, a energia e o nítido prazer de estarem fazendo o que estão fazendo facilmente percebidos nesses dois são de deleitar qualquer audiência! Daniel e Hallgren são daquelas raras químicas perfeitas que encontramos em uma banda. Funcionam, com o perdão do trocadilho, “por música”. E o que se pôde ver através das 21 músicas executadas por eles nesse show foi uma overdose de todos os itens citados.
O show começou com a intro mecânica da música Remedy Lane, música que da nome ao melhor álbum deles para muitos dos fãs da banda. Na sequência, um dos começos mais matadores já presenciados por mim: Of Two Biginnings e Ending Theme. Essas três músicas me deixaram com vontade de fechar os olhos e desejar que eles executassem o Remedy Lane na íntegra. A música que seguiu foi America, com a primeira surpresa do show. Um pouco antes de seu final, todos param, Daniel anuncia “uma pequena pausa” e todos saem do palco menos Léo, e então temos um solo de bateria totalmente inesperado. Funcionou, pois chamou o público para perto do novo integrante, e isso fez a “peteca continuar alta” na volta para o término da música. Nesse momento eu percebi que pode o tempo passar, mudanças acontecerem, mas Daniel continua sendo além de um gênio musical, um grandessíssimo frontman! Na sequência Handfull of Nothing, com aquela bateria insana, reproduzindo um trem em disparada. E então a primeira do último álbum, Of Dust. Funcionou melhor ao vivo que em estúdio. Depois tivemos Kingdom of Loss, Black Hills e Idioglossia, voltando aos tempos do Prog Metal puro e escancarado que já fez muitos associa-los ao Dream Theater. Após essa, o momento mais belo do show: Her Voices, linda composição do álbum Perfect Element, seguida quase que como uma música só da belíssima balada Second Love, esta cantada em uníssono. Para dar uma levantada, a pancada Diffidentia, do álbum BE. Incrível como essa música funciona ao vivo. Mais uma do último álbum, No Way. E então mais um petardo: Ashes. Essa, sem dúvida alguma, das mais fortes de todo o trabalho do PoS. Mais duas do Road Salt One, Linoleum e a música que da nome ao álbum, Road Salt. Ao final desta, as luzes caem bastante no palco, Fredrik aparece em vulto sozinho no canto direito e, para surpresa geral dos presentes, Daniel aparece no camarote esquerdo, em meio ao público, e executa Falling, mais uma belíssima composição do álbum Perfect Element, e esta seria também a “última” música.
Pausa para o bis, e o que se escuta então é um coro não previamente combinado de “Undertow”, esta certamente o maior hino da banda, a mais bela e melhor composição. E que até agora não havia sido executada, nem mesmo no show do dia anterior no RJ, nem em momento algum da atual turnê, inexplicavelmente.
A banda retorna ao palco com a última da noite do recente trabalho, Tell me you don`t know, seguida da divertida Disco Queen, que colocou a todos para dançar, e então chegávamos mesmo ao fim do show. Daniel chamava a última música, anunciando que dessa vz era verdade, Nightmist. E neste momento TUDO aconteceu. Tivemos passagens reggae, blues, Metal Extremo. Tivemos até uma pausa surpresa na música para que um bolo fosse levado até Daniel, pois neste dia celebrávamos seu 38° aniversário! A expressão de surpresa e felicidade de Daniel ao ver aquela cena, seguida dos comentários feitos após, deixou claro para quem quisesse ver que o clima entre banda e equipe é dos melhores que se pode encontrar por aí. Após uma brincadeirinha dizendo em qual parte da música deveriam retomar, a banda volta para seu complemento e encerram o show. Sim, sem Underow, para frustração de todos ali.
O que fica extremamente nítido é que a banda, independente de todos os revezes que sofreu nesses últimos seis anos, continua um monstro em cima do palco. Hallgren é um dos guitarristas mais carismáticos e presentes que se pode ver em um palco. E Daniel é simplesmente aquilo que dizem dele: um gênio. Sabe levar a banda, reinventando-a a cada álbum, e fazendo a estrada continuar. Tem o público nas mãos, e faz isso com um carisma invejável, visto em raríssimos vocalistas por aí. Brinca e conversa o tempo todo, agita sempre que não está cantando, e literalmente faz o que quer com a voz. Para quem os viu em 2005, ficou nítido que aquele time tinha mais a oferecer, e aquele foi um show mais forte, porém hoje viu-se um Daniel mais maduro e consciente no palco. Para quem só viu esse show, tenho certeza que voltou para casa com uma excelente impressão, e um enorme desejo de vê-los novamente, o mais rápido possível!
Link da matéria, com álbum completo:
http://rockbrigade.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=837:pain-of-salvation-volta-ao-brasil-depois-de-seis-anos&catid=4:onstage&Itemid=8
Mídia Credenciada: Rock Brigade
Bandas: Pain of Salvation (Suécia)
Seis anos se passaram desde a primeira vez que a banda aportou em terras brasileiras, durante a turnê do então recém lançado álbum BE. E muita água passou por baixo dessa ponte chamada Pain of Salvation até que os mesmos retornassem. Mudanças no line up, que ocasionaram mudanças no direcionamento musical. Mesmo Daniel Gildenlöw sendo reconhecidamente o cérebro pensante da banda, é inegável o talento e harmonia que existia na então cozinha que se apresentou aqui em 2005 (Kristoffer Gildenlöw (baixo) e Johan Langell (Bateria)) e, por mais competentes que sejam os atuais (Léo Margarit (Bateria, membro fixo) e Per Schelander (baixo, contratado apenas para a tour)), ainda não conseguiram reproduzir o que se via em seus antecessores. Podemos dizer que o que se viu nessa segunda passagem do PoS pelo Brasil foi um baixista fazendo o que lhe cabe não sendo um membro fixo da banda, e um baterista competente, preciso, mas que não chegou a chamar a atenção. Nessa mesma abordagem tivemos Fredrik Hermansson, tecladista original da banda, mas que se limita a fazer sua parte atrás de seu teclado. Com uma postura extremamente discreta, chegamos a esquecer em alguns momentos que o PoS possui um tecladista no palco. O que não significa, em hipótese alguma, que Fredrik não tenha uma presença marcante, musicalmente falando.
E por que essa resenha abre falando desses três isoladamente? Simplesmente porque Daniel Gildenlöw e Johan Hallgren são um show a parte! A presença de palco, a força nas interpretações vocais, a energia e o nítido prazer de estarem fazendo o que estão fazendo facilmente percebidos nesses dois são de deleitar qualquer audiência! Daniel e Hallgren são daquelas raras químicas perfeitas que encontramos em uma banda. Funcionam, com o perdão do trocadilho, “por música”. E o que se pôde ver através das 21 músicas executadas por eles nesse show foi uma overdose de todos os itens citados.
O show começou com a intro mecânica da música Remedy Lane, música que da nome ao melhor álbum deles para muitos dos fãs da banda. Na sequência, um dos começos mais matadores já presenciados por mim: Of Two Biginnings e Ending Theme. Essas três músicas me deixaram com vontade de fechar os olhos e desejar que eles executassem o Remedy Lane na íntegra. A música que seguiu foi America, com a primeira surpresa do show. Um pouco antes de seu final, todos param, Daniel anuncia “uma pequena pausa” e todos saem do palco menos Léo, e então temos um solo de bateria totalmente inesperado. Funcionou, pois chamou o público para perto do novo integrante, e isso fez a “peteca continuar alta” na volta para o término da música. Nesse momento eu percebi que pode o tempo passar, mudanças acontecerem, mas Daniel continua sendo além de um gênio musical, um grandessíssimo frontman! Na sequência Handfull of Nothing, com aquela bateria insana, reproduzindo um trem em disparada. E então a primeira do último álbum, Of Dust. Funcionou melhor ao vivo que em estúdio. Depois tivemos Kingdom of Loss, Black Hills e Idioglossia, voltando aos tempos do Prog Metal puro e escancarado que já fez muitos associa-los ao Dream Theater. Após essa, o momento mais belo do show: Her Voices, linda composição do álbum Perfect Element, seguida quase que como uma música só da belíssima balada Second Love, esta cantada em uníssono. Para dar uma levantada, a pancada Diffidentia, do álbum BE. Incrível como essa música funciona ao vivo. Mais uma do último álbum, No Way. E então mais um petardo: Ashes. Essa, sem dúvida alguma, das mais fortes de todo o trabalho do PoS. Mais duas do Road Salt One, Linoleum e a música que da nome ao álbum, Road Salt. Ao final desta, as luzes caem bastante no palco, Fredrik aparece em vulto sozinho no canto direito e, para surpresa geral dos presentes, Daniel aparece no camarote esquerdo, em meio ao público, e executa Falling, mais uma belíssima composição do álbum Perfect Element, e esta seria também a “última” música.
Pausa para o bis, e o que se escuta então é um coro não previamente combinado de “Undertow”, esta certamente o maior hino da banda, a mais bela e melhor composição. E que até agora não havia sido executada, nem mesmo no show do dia anterior no RJ, nem em momento algum da atual turnê, inexplicavelmente.
A banda retorna ao palco com a última da noite do recente trabalho, Tell me you don`t know, seguida da divertida Disco Queen, que colocou a todos para dançar, e então chegávamos mesmo ao fim do show. Daniel chamava a última música, anunciando que dessa vz era verdade, Nightmist. E neste momento TUDO aconteceu. Tivemos passagens reggae, blues, Metal Extremo. Tivemos até uma pausa surpresa na música para que um bolo fosse levado até Daniel, pois neste dia celebrávamos seu 38° aniversário! A expressão de surpresa e felicidade de Daniel ao ver aquela cena, seguida dos comentários feitos após, deixou claro para quem quisesse ver que o clima entre banda e equipe é dos melhores que se pode encontrar por aí. Após uma brincadeirinha dizendo em qual parte da música deveriam retomar, a banda volta para seu complemento e encerram o show. Sim, sem Underow, para frustração de todos ali.
O que fica extremamente nítido é que a banda, independente de todos os revezes que sofreu nesses últimos seis anos, continua um monstro em cima do palco. Hallgren é um dos guitarristas mais carismáticos e presentes que se pode ver em um palco. E Daniel é simplesmente aquilo que dizem dele: um gênio. Sabe levar a banda, reinventando-a a cada álbum, e fazendo a estrada continuar. Tem o público nas mãos, e faz isso com um carisma invejável, visto em raríssimos vocalistas por aí. Brinca e conversa o tempo todo, agita sempre que não está cantando, e literalmente faz o que quer com a voz. Para quem os viu em 2005, ficou nítido que aquele time tinha mais a oferecer, e aquele foi um show mais forte, porém hoje viu-se um Daniel mais maduro e consciente no palco. Para quem só viu esse show, tenho certeza que voltou para casa com uma excelente impressão, e um enorme desejo de vê-los novamente, o mais rápido possível!
Link da matéria, com álbum completo:
http://rockbrigade.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=837:pain-of-salvation-volta-ao-brasil-depois-de-seis-anos&catid=4:onstage&Itemid=8
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sexta-feira, 3 de junho de 2011
Review CD - Draconian Times Legacy Edition - Paradise Lost
No início do ano, a Sony Music e a Music for Nations (responsáveis pela discografia do PL) resolveram prestar uma homenagem a este que é, sem dúvidas, um dos álbuns mais importantes do Metal mundial: o Draconian Times. Este álbum não foi apenas um divisor de águas na estrada do PL, mas sim dentro de todo um contesto histórico do Doom Metal e afins. Originalmente lançado em 1995, o Draconian Times trazia uma sonoridade totalmente nova em composições que em pouco tempo escreveram uma história muito forte entre os fãs, elevando o PL ao time das maiores.
Este álbum tornou-se tão forte entre os fãs que até hoje espera-se ouvir um “novo” Draconian Times, sempre que o PL anuncia um novo trabalho. E este fato não passou despercebido pela gravadora e produção da banda que, não bastando relançar o histórico álbum, ainda concebeu uma mini tour (com o mesmo sendo tocado na íntegra) por alguns países da Europa para promove-lo.
O pacote que se intitula “Draconian Times Legacy” vem composto de um CD, um DVD e um livro (para os que encomendaram na pré venda oficial, ainda recebem uma camiseta do álbum). O livro, de 36 páginas, possui arte inédita com a temática do álbum, todas as letras, assim como alguns depoimentos de membros da banda (inclusive Lee Morris, baterista que gravou o álbum e não se encontra mais na banda) e de seu produtor. Capa em material especial, com uma arte gráfica incrivelmente bela, através de todo seu conteúdo. O livro faz as vezes da caixa do pacote, pois os discos são guardados na capa e na contra capa.
No CD encontramos todas as 12 faixas originais do álbum (Enchantment, Hallowed Land, The Last Time, Forever Failure, Once Solemn, Shadow Kings, Elusive Cure, Yearn for Change, Shades of God, Hands of Reason, I see your face, Jaded), porém remasterizadas. E essa remasterização deu uma vida nova as músicas, deixando-as mais claras e nítidas, podendo-se distinguir melhor as nuances de cada instrumento, fortes e vivas. Para os fãs reais (aqueles que passaram os últimos 16 anos ouvindo este álbum), certamente pequenas, porém nítidas mudanças serão percebidas. Mas o principal desse CD é que ele traz duas curiosas versões demo. A primeira é para a música Enchantment, onde pode-se ouvir a mesma sem a intro de teclado, e com um arranjo totalmente diferente do que se acostumou ouvir. Realmente curioso. A segunda é um presente aos fãs: uma música inédita, chamada Last Desire. A impressão que fiquei ao ouvir essa música é que fizeram bem em não inclui-la neste álbum, originalmente, pois ela destoa um pouco das outras composições. Caberia perfeita no Icon, ao meu ver. Mas não deixa de ser muito interessante, dentro de um pacote comemorativo, ter uma música inédita incluída. As últimas cinco faixas são execuções ao vivo das músicas Forever Failure, Shadow Kings, Once Solemn, Hallowed Land e The Last Time, gravadas durante a turnê promo do Draconian, em 1995, na Alemanha. Ótima oportunidade para sentir como as mesmas eram executadas no momemto “pós forno”, por aqueles que escreveram essa lenda. Sete ótimas faixas bônus, que certamente agradarão a qualquer fã.
O DVD traz apenas o áudio do Draconian Times original (que é acompanhado de uma arte gráfica em movimento, enquanto a música rola) e dos três clips que surgiram desse álbum: Forever Failure, The Last Time e Hallowed Land.
Resumindo: Draconian Times – Legacy Edition é um pacote para fãs. Um presente para todos aqueles que amam Paradise Lost e que tem no Draconian uma referência. Quem não possui o original e não viveu a relevância desse álbum poderá ter um material de primeiríssima linha em mãos. Quem viveu, certamente terá um presente único ao adquirir esse pacote.
Draconian Times – Legacy Edition
CD remasterizado - Track List:
1 – Enchantment
2 – Hallowed Land
3 – The Last Time
4 – Forever Failure
5 – Once Solemn
6 – Shadow Kings
7 – Elusive Cure
8 – Yearn for Change
9 – Shads of God
10 – Hands of Reason
11 – I see your face
12 – Jaded
13 – Enchantment (demo)
14 – Last Desire (demo inédita)
15 – Forever Failure (live)
16 – Shadow Kings (live)
17 – Once Solemn (live)
18 – Hallowed Land (live)
19 – The last Time (live)
DVD
Draconian Times Original version
1 – Enchantment
2 – Hallowed Land
3 – The Last Time
4 – Forever Failure
5 – Once Solemn
6 – Shadow Kings
7 – Elusive Cure
8 – Yearn for Change
9 – Shads of God
10 – Hands of Reason
11 – I see your face
12 – Jaded
Vídeos Oficiais: Forever Failure, The Last Time e Hallowed Land
Este álbum tornou-se tão forte entre os fãs que até hoje espera-se ouvir um “novo” Draconian Times, sempre que o PL anuncia um novo trabalho. E este fato não passou despercebido pela gravadora e produção da banda que, não bastando relançar o histórico álbum, ainda concebeu uma mini tour (com o mesmo sendo tocado na íntegra) por alguns países da Europa para promove-lo.
O pacote que se intitula “Draconian Times Legacy” vem composto de um CD, um DVD e um livro (para os que encomendaram na pré venda oficial, ainda recebem uma camiseta do álbum). O livro, de 36 páginas, possui arte inédita com a temática do álbum, todas as letras, assim como alguns depoimentos de membros da banda (inclusive Lee Morris, baterista que gravou o álbum e não se encontra mais na banda) e de seu produtor. Capa em material especial, com uma arte gráfica incrivelmente bela, através de todo seu conteúdo. O livro faz as vezes da caixa do pacote, pois os discos são guardados na capa e na contra capa.
No CD encontramos todas as 12 faixas originais do álbum (Enchantment, Hallowed Land, The Last Time, Forever Failure, Once Solemn, Shadow Kings, Elusive Cure, Yearn for Change, Shades of God, Hands of Reason, I see your face, Jaded), porém remasterizadas. E essa remasterização deu uma vida nova as músicas, deixando-as mais claras e nítidas, podendo-se distinguir melhor as nuances de cada instrumento, fortes e vivas. Para os fãs reais (aqueles que passaram os últimos 16 anos ouvindo este álbum), certamente pequenas, porém nítidas mudanças serão percebidas. Mas o principal desse CD é que ele traz duas curiosas versões demo. A primeira é para a música Enchantment, onde pode-se ouvir a mesma sem a intro de teclado, e com um arranjo totalmente diferente do que se acostumou ouvir. Realmente curioso. A segunda é um presente aos fãs: uma música inédita, chamada Last Desire. A impressão que fiquei ao ouvir essa música é que fizeram bem em não inclui-la neste álbum, originalmente, pois ela destoa um pouco das outras composições. Caberia perfeita no Icon, ao meu ver. Mas não deixa de ser muito interessante, dentro de um pacote comemorativo, ter uma música inédita incluída. As últimas cinco faixas são execuções ao vivo das músicas Forever Failure, Shadow Kings, Once Solemn, Hallowed Land e The Last Time, gravadas durante a turnê promo do Draconian, em 1995, na Alemanha. Ótima oportunidade para sentir como as mesmas eram executadas no momemto “pós forno”, por aqueles que escreveram essa lenda. Sete ótimas faixas bônus, que certamente agradarão a qualquer fã.
O DVD traz apenas o áudio do Draconian Times original (que é acompanhado de uma arte gráfica em movimento, enquanto a música rola) e dos três clips que surgiram desse álbum: Forever Failure, The Last Time e Hallowed Land.
Resumindo: Draconian Times – Legacy Edition é um pacote para fãs. Um presente para todos aqueles que amam Paradise Lost e que tem no Draconian uma referência. Quem não possui o original e não viveu a relevância desse álbum poderá ter um material de primeiríssima linha em mãos. Quem viveu, certamente terá um presente único ao adquirir esse pacote.
Draconian Times – Legacy Edition
CD remasterizado - Track List:
1 – Enchantment
2 – Hallowed Land
3 – The Last Time
4 – Forever Failure
5 – Once Solemn
6 – Shadow Kings
7 – Elusive Cure
8 – Yearn for Change
9 – Shads of God
10 – Hands of Reason
11 – I see your face
12 – Jaded
13 – Enchantment (demo)
14 – Last Desire (demo inédita)
15 – Forever Failure (live)
16 – Shadow Kings (live)
17 – Once Solemn (live)
18 – Hallowed Land (live)
19 – The last Time (live)
DVD
Draconian Times Original version
1 – Enchantment
2 – Hallowed Land
3 – The Last Time
4 – Forever Failure
5 – Once Solemn
6 – Shadow Kings
7 – Elusive Cure
8 – Yearn for Change
9 – Shads of God
10 – Hands of Reason
11 – I see your face
12 – Jaded
Vídeos Oficiais: Forever Failure, The Last Time e Hallowed Land
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