Hoje de madrugada, antes de dormir, eu tive uma sensação muito ruim. Como se uma presença totalmente indesejada estivesse rondando minha energia. Eu cheguei a imaginar o que poderia ser. E a hipótese se confirmou hoje no período da tarde.
Uma pessoa que estava me evitando, para usar uma palavra simpática, desde o mês passado resolveu aparecer. E, obviamente que não irei narrar o que aconteceu, mas, como sempre, coisas assim, fora do cotidiano, me colocam a pensar.
Eu cresci recebendo informações de meus pais sobre ética e respeito. Eu amadureci procurando minhas próprias noções do mesmo. Eu comecei a encarar a vida buscando uma forma de lapidar todas essas informações, e compilar o que de melhor havia sobre elas. Dessa forma, aos poucos, tropeçando, caindo, errando e levantando, eu acredito que tenha chego naquilo que eu sou hoje. E acredito que o que eu seja hoje bate exatamente com aquilo que meus pais gostariam que eu fosse. Com aquilo que meus amigos gostariam que eu fosse. Com aquilo que EU queria ser. Aquilo que consegue socializar sem precisar mentir ou inventar. Que encara as coisas de frente, sem distorce-las para se tornarem encaráveis. Sem necessidade de “puxar o saco” de ninguém para conseguir o que quero. Com opinião formada, e força para expressa-la e mante-la; ou humildade para assumir que me equivoquei. Resumindo: acredito que tenha chego num ponto onde eu aprendi o que é respeito, ao ponto de conseguir uma padronagem de bom nível no trato social.
Por isso tudo que disse é muito complicado para mim aceitar que existam pessoas cegas a um ponto onde começam a destorcer a própria realidade. Começam a acreditar numa mentira criada para o mundo, que torna-se própria. E, cara, não há como não remeter ao nazismo, onde talves o maior propagandista da história disse “uma mentira contada várias vzs torna-se uma realidade” Alguém tem consciência do que é viver uma mentira? Alguém tem consciência real de que o mundo é realmente múltiplo, e que não nos encontraremos na pessoa a nossa frente? Prq, sinceramente, aquela frase que diz “enxergamos no outro aquilo que reconhecemos em nós mesmos” chega a um nível em determinados quadros, que isso se torna patológico! Prq, se vc come merda, vc acredita que todos comem. Se vc dorme 10hs por dia, vc tende a crer que ninguém recupera forças se dormir 6hs. E vc acredita que, se vc aprende a manipular pessoas e idéias, ou se é manipulado diariamente, todos são assim e vivem sob esse prisma. Cara, isso é insano demais para mim! As coisas ganham uma característica extrema onde tudo é de uma simplicidade ímpar. E eu me pergunto o prq disso. Seria tão fácil chegar e dizer “Ok, eu errei. Desculpe, vou mudar isso”. Cara, isso é o princípio da dignidade! Viver em um pedestal que vc mesmo cria para dessa forma se aceitar como aquilo que vc gostaria de ser, não o que vc é, é muito perigoso! Nesse ponto, passa-se a não enxergar mais a realidade que difere de sua fantasia, e então atritos banais começam. Vc se cega a tal ponto que, ao defender sua idéia, vc gira em torno de um mesmo argumento, sem conseguir discorrer sobre outro. E a coisa fica tão absurda que chega ao ponto de se tornar redundante em uma coisa ampla. E tudo acaba por terminar exatamente onde começou: no nada! A culpa nunca é assumida, vc enxerga apenas um argumento, vc perde a noção da abrangência de seus atos, vc enlouquece, se cega e assim inicia a perda total da razão. Para que? Prq? Se o ponto de origem era algo tão simples e corriqueiro. Talves prq a escolha feita em algum ponto ali atrás seja totalmente errada. E, nesse caso em específico, essa é a resposta, pois me foi confidenciada algumas vzs, com muitos exemplos. Se eu entrar aqui num palco onde eu vá dissertar o prq de se ser consciente sobre uma escolha errada e mesmo assim vive-la, terei que cobrar a consulta. :oP
Quando a situação acabou, internamente eu me perguntei: Prq se submeter a isso? Prq se submeter a tanta exposição e depreciação pública? Prq manter algo totalmente deteriorado apenas por falta de coragem em mudar? Prq escolher cegar e quase amputar? E o pior, para que me envolver e me usar de bode expiatório para isso? Prq depositar em mim e em meu nome todas as angústias de suas escolhas? Prq transformar minha imagem na figura do carrasco, e transformar minha história em cadafalso? Talves prq, bem lá no fundo, naquele local que ninguém tem acesso, vc saiba que vive uma mentira. Talves ali, onde só vc chegue, vc se reconheça covarde diante de suas escolhas passadas. Mas tudo bem, eu não me ofendo com isso. Quando crescemos, se isso for real, aprendemos a lidar com os menores de forma altruísta. Aprendemos que diferenças existem, e jamais usamos as mesmas para sobrepujar aquele que nos ataca. Aprendemos que ao errar, temos a chance de aprender; e ao ver alguém errar, temos a chance ensinar. Mas principalmente, aprendemos que não precisamos derrubar ou pisar em ninguém para chegarmos cada vz mais alto. Que não é rebaixando alguém que conseguimos elevação. Viver é muito fácil e prático. Basta apenas que se tenha coragem e força para tal.
E como comentário pessoal e final, esse personagem de “semi flagelado da seca tentando a vida na metrópole” cansa! Além de ser ridícula para quem conhece a realidade. A bilateral, só para lembrar.
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