segunda-feira, 22 de novembro de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
Lacuna Coil – Espaço Lux (SBC) – 19/06/10
Gostaria de começar essa resenha com uma frase dita por mim, um dia antes do show, em tentativa de posicionar a pessoa que conversava comigo diante de minha ansiedade que, naquele momento, quase me fazia passar mal: Me deixa, por favor! Essa é a última das grandes, a última que fiquei mais de década esperando para ver. Já que não vou sentir isso nunca mais nessa vida, me deixa!
E foi nesse clima que vivi os últimos meses, desde o dia em que comprei o ingresso (no 1° dia de venda), até o momento em que eles subiram ao palco: ansiedade plena, quase doentia. Sempre os tive entre meu TOP 3, mas acredito que as circunstâncias tenham aflorado demais isso. Após “uma vida” dedicada ao Metal, com acredito mais de cem bandas assistidas, em todas as casas de show possíveis, com todos os grandes festivais nacionais no curriculum, faltar uma das bandas que fizeram trilha sonora de sua vida é algo que realmente coloca qualquer um no estado em que me encontrava.
Cheguei ao Espaço Lux, em São Bernardo, faltando menos de uma hora para o horário previsto para o início do show (20h). Sabia que não haveria mais banda de abertura (problemas internos de saúde com o Semblant), o que me deixou mais “tranquilo” (se é que essa palavra coube em algum segundo de meu sábado!) sobre chegar lá em cima da hora.Por volta de 20h15, a música mecânica pára, a intro da tour do Karmacode é solta e a gritaria começa. Nesse momento, eu já estava em lágrimas. Um minuto depois, a mesma pára, e o som mecânico volta. Sem ter a mínima idéia do que acontecia, esperamos coisa de mais 15min e aí sim, o show começava para valer! Abriram com I Survive, e vê-los em cima do palco soava a mim como um sonho sendo vivenciado! Era simplesmente inacreditável estar lá, entoando aquele refrão pegajoso junto com todas as pessoas que estavam certamente tão esfuziantes quanto eu! Na sequência Underdog, que confesso não ser de minhas preferidas, mas que funcionou bem ao vivo. Após esta, a 1ª das antigas, Closer. Após essa, Cris Scabbia faz um belo discurso sobre saber viver a vida e encarar tudo de frente, e então mandam I`m not Afraid. Sensacional! Na sequência, Fragments of Faith, e o show começava a ganhar uma força incrível! Após essa, foi a vez de Andrea falar com o público e anunciar duas do Unleashed Memories. Mas espera, duas? Eles vinham tocando apenas uma! Devo ter estampado um sorriso monstro nesse momento, já que o citado álbum é o meu preferido. E eis que vem a surpresa: 1.19. Fantástico! Jamais imaginei ouvir essa música ao vivo. Uma parte de minha vida passando diante de meus olhos com essa trilha sonora. Nesse momento, metade de minha voz já havia virado lenda. Na sequência, uma das que não poderiam faltar: Senzafine. Lindo, simplesmente! Após essa, um dos pontos mais altos do show: I Won`t Tell You, que é uma baita música e funcionou maravilhosamente bem ao vivo! Me acabei de dançar nesta. Sim, dançar! Pois essa música pede isso! Mais um discurso, dessa vez uma homenagem as três perdas irreparáveis do meio Metal no último mês (encabeçadas por Dio), e eles mandam o hino Heaven`s a Lie. Nesse momento fui até o banheiro “tomar um banho” rápido, e lá de dentro pude ouvir a platéia entoando o refrão de forma uníssona. Lindo! Após esta a banda sai do palco, sem dizer nada.
Voltam com apenas quatro membros no palco, e executam Wide Awake, primeiro momento “guenta coração” para esse que vos escreve. Essa letra diz muito para mim, e chorei a música inteira, enquanto tentava manter os olhos abertos e algum arremedo de voz saindo de minha boca. Inesquecível! Após essa, Fragile, que é uma boa música e funciona, seguida pela pedrada To the Edge, essa de uma força incrível! E então o momento pelo qual eu mais esperava. Sem anúncio algum além dos quatro toques no chimbal do Criz, eles iniciam When a Dead Man Walks. Cara, essa música marcou um momento decisivo de minha vida. Lembro que eu a ouvia repetidas vzs, muitas vzs ao dia, durante muito tempo. E agora estava ouvindo ao vivo. Mal consegui abrir meus olhos, de tanto que chorava! Foi lindo, inesquecível, foda demais! Na sequência The Maze e mais um hino: Swamped. Mais uma comunicação de Cris com o público, e eles mandam um dos melhores covers já gravados: Enjoy the Silence. E aqui estava a pausa que anunciava que faltava apenas o bis para o fim do sonho.
Voltam para o palco com a linda Not Enough, seguida da paulada Spellbound, que funciona maravilhosamente ao vivo. E, com aquele discurso característico de sermos “o melhor público do mundo”, e que “eles lamentam muito ter demorando tanto para virem aqui, mas que certamente essa foi apenas a 1ª vz”, anunciam a derradeira Our Truth
A impressão deixada é a de que a banda funciona perfeitamente ao vivo. Com uma sonoridade fiel ao estúdio, porém com todo o feeling que um show pede. Foi incrível! Valeu cada segundo de espera!
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Iced Earth – Via Funchal – 06/02/10
5000 caracteres não serão suficientes para descrever o que foi essa noite. Nem para mim, nem para o público, nem para eles. Uma comunhão como a muito eu não via aconteceu, aliás, não só essa noite, como essa semana. Afinal, desde o show do Metallica, exatamente uma semana atrás, percebe-se fortemente que o público brasileiro aprendeu a desenvolver um magnetismo provavelmente único em dias de show. A expressão do Kirk ao final do show do Metallica não era nada diferente das expressões durante todo o show nos rostos de Matt Barlow e Jon Schaffer. Êxtase, como dificilmente vemos em bandas. A alegria de estar ali tocando. Claro, sempre haverá os “pau-no-cu” que irão dizer que isso acontece prq os caras são uns merdas, que não tem público, que brasileiro valoriza demais tudo o que vem de fora e mimimi. FUCKOFF, asshole! Não tem culhão para estar presente nessas celebrações, não tem o espírito headbanger correndo nas veias, limite-se a calar-se! Só quem vive isso e comparece nesses momentos para saber a energia que envolve tudo! Mas vamos ao show.
Apenas quinze minutos de atraso, e podia-se ouvir a intro de álbum The Crucible of Man, último trabalho de estúdio dos caras. In Sacred Flames, que trouxe emendada Behold the Wicked Child. Sem respirar, também emendadas, Burning Times e Declaration Day, e nesse momento já era visível o tamanho da felicidade que estampava o rosto de Jon Schaffer. Um dos inícios de shows mais devastadores que já vi, três músicas, sendo um classicasso, emendadas, sem tempo de respirar ou entender o que acontecia ali! Aí, finalmente, A banda da uma respirada e Barlow fala com o público pela 1ª vz na noite. E nesse momento pode-se perceber também em suas feições o tamanho da alegria que estava sentindo de estar ali. E então, o 1° momento arrasa quarteirão da noite: Violate – e aqui cabe o comentário: ou o Brent não está mais no melhor dos seus dias, ou o bumbo esquerdo dele estava com o microfone zuado, pois aquela metralhadora que ouvimos constantemente no Alive in Athens, que é ele mesmo que produz, não se ouviu dessa vz. Em nenhuma música, diga-se. – seguida de Pure Evil. Destruidor! Nesse momento meu pescoço já tinha “virado a cara” para mim novamente, mas como eu já estava brigado com ele desde o Metallica, nem liguei! :oP
Mais uma pausa, um belo discurso de Matt, e mais um clássico: Melancholy. Engraçado ver a dinâmica das coisas quando da execução ao vivo. Quem conhece, e até mesmo pelo nome, sabe que essa música tem uma pegada triste, densa. Porém, no refrão, a pista inteira (inclusive eu) pulava como se a música fosse das mais alegres! Particularmente, eu trocava facilmente essa por Watching Over me, e mais a frente eu percebi que não apenas eu faria isso... Mais um breve discurso de Matt, e eis que vem não a música, mas o workshop de vocal Dracula. INACREDITÁVEL o que Barlow faz nessa música! De deixar qualquer um de queixo caído! Pensei que meus pulmões fossem explodir nesse momento. :o) Ten Thousand Strong veio para mostrar que as músicas da fase do Ripper cabem facilmente na voz de Matt. Na sequência, um momento curios: Stormrider cantada pelo Schaffer! E não é que o tiozão manda bem nos vocais também?! ;o) Barlow volta ao palco, faz uma graça sobre Jon ter cantado, e chama The Hunter. E na sequência, o 2° momento arrasa quarteirão do show, e particularmente o mais esperado por mim: a trilogia de Something Wicked – Prophecy, Birth of the Wicked, The Coming Curse. DESTRUIDORAMENTE LINDO! Sem palavras, sonho de adolescente realizado!
Pausa para o bis, este que vos fala corre para o banheiro para um mínimo de hidratação, pois eu já estava num estado deplorável, e eis que eles voltam com Dark Saga, emendada na A Questiono f Heaven. Confesso que essa última me arrancou lágrimas. E, novamente sem deixar tempo para respirar, My Own Savior. Nesse momento, abri uma roda comigo mesmo e finalizei qualquer arremedo de musculatura intacta que ainda existia nas minhas costas e no meu pescoço! AVASSALADORA! Mais um breve discurso de Barlow, onde ele fesz questão de enfatizar que todas as expectativas da banda foram superadas em muito pelo público brasileiro, e eis que ele pede para que todos agitassem e cantassem ao máximo a última música: Iced mother fucking Earth! Destruição total! E o sonho tão esperado chegava ao fim.
Ficou nítido que eles subestimaram o público brasileiro. O palco não tinha absolutamente NADA, nem mesmo um pano de fundo. Não trouxeram as músicas que exigiam sampler, nem o tecladista de apoio. Porém, na pausa do bnis, quando toda a pista entoou o refrão de Watching Over me, acredito que eles tenham percebido que precisem voltar rápido para ca! E dessa vz, para um show ainda melhor. Se é que isso é possível!
sábado, 30 de janeiro de 2010
Metallica - Estádio do Morumbi - 30/01/10
Show do Metallica, após 11 anos. A última vz que tinha visto a banda que me fez virar headbanger, e que me levou a ser baterista, o show havia deixado uma impressão muito foda! A energia daqueles quatro no palco era impressionante! Porém, naquela noite, lembro que o set list foi relativamente fraco. Por exemplo, nenhuma música do Kill`n All foi executada. Absurdo, não? Pois é. Já para essa turnê, as infos traziam set lists simplesmente matadores, e isso me fazia crer que esse show seria memorável. Juntava-se a isso o fato de ver os ingressos serem esgotados, e eu fui para o Morumbi ontem com a melhor das expectativas. E posso dizer que, elas não só foram plenamente cumpridas, como superadas!
Fui acompanhado pelo Adamo (1° show que assistimos juntos, em dez anos de amizade), Natan (irmão dele, fanático por Metallica e indo assistir o 1° show de sua vida), Fabi e Danilo. Legal foi o comentário do Adamo ao dizer que se sentia feliz em ver seu irmão indo no 1° show de sua vida, da banda preferida dele, ao lado do maior fã de Metallica que ele já conheceu (vulgo eu XD). Já no estádio, encontrei o Arius e o Alexis. E agora estava tudo pronto para que o maior show de minha vida começasse.
A perfeição já veio quando São Pedro, finalmente, deu uma trégua e, depois de mais de um mês sem UM dia seco, São Paulo passava sem ver a cara da chuva. Tarde agradável, show do Sepultura extremamente sacal como sempre, dez míseros minutos de atraso, e os caras estavam lá, no palco, onde todos queriam e esperavam ve-los. E a nostalgia da adolescencência veio forte quando, ao fim de Ectasy of Gold, a destruição começa com Creeping Death, me remetendo as trocentas tardes assistindo o Live&Shit. Nesse momento, eu e o Natan estávamos insandesidos! A música que ambos mais queriam ouvir, ou uma das. Na sequência, For Whom the bell tolls. FODA! O palco apagando e explodindo, lindo! Na sequência, a 1ª surpresa: The Four Horsemen. Cara, foda demais! Eu virei para o Adamo e gritava "Eu não disse? Eu não disse?", pois havia comentado no carro que eles tocariam essa. Sensacional! Na sequência, Harvester of Sorrow, e confesso que essa eu JAMAIS imaginei ouvir. E a sensação de ter voltado quinze anos, e estar vendo o Live&Shit ali, ao vivo na minha frente, ficava cada vz mais forte! E, na sequência, a música que faltou em 99, e que era a mais importante para mim: Fade to Black. A música que me fez gostar deles, a 1ª música que toquei deles inteira, a 1ª que toquei com banda e a que eu mais gostei em muito tempo. E finalmente eu estava ouvindo ela ao vivo! Chorei a intro inteira! Foda demais! DEMAIS! Ao final dela, já não restava muito de mim. E o show havia apenas começado!
Três músicas novas que eu desconheço, e o James faz a pergunta que já ficou famosa ao público brasileiro: "Vcs gostam de peso?". E essa tem sido a deixa para Sad but True, mais uma foda! Mais uma das novas, e então vem o 2° momento arrasa quarteirão da noite. One, com aquele festival pirotécnico em sua intro, com todo o tiroteio. Triste apenas ver o Lars se matando para fazer aquela sequência de sextinas de bumbo, e não conseguindo, e o som do bumbo vindo como uma grande massaroca! :/ Mas enfim. Como destruição pouca é bobagem, na sequência Master of Puppets. E, o que eu vi ali, foi algo simplesmente indescritível! Como estava na arquibancada, conseguia ver o estádio inteiro. E naquele momento eu vi o maior mar humano que já presenciei em minha vida, excluindo Rock in Rio. Simplesmente incrível aquela visão! E o público cantando o refrão mais alto que o James é algo que levarei comigo para sempre! Quando pensei que teria um descanso, Blackned! PQP! FODA DEMAIS! Mais uma que jamais esperei ouvir ontem! E então o momento mais punk para mim.
Violão no palco, deixa para Nothing Else Matters. Não imaginei que ela chegaria em mim como chegou. Cheguei até a abrir o cel para fazer as vzs do antigo isqueiro. Porém, quando James cantou "So close"... bem, eu desabei. Aquilo bateu em pontos aqui dentro que eu não estava preparado para tal. E eu não consegui abrir os olhos um segundo que fosse da música. Chorei durante TODA sua execução. Punk demais, foda demais! Só consegui me conter quando eles começaram Enter Sandman, e ali eu senti pela 1ª vz o templo chacoalhando! Indescritível a sensação!
Pausa, e eles voltam para o bis. Stone Cold Crazy e Motorbreath (!!!) quase emendadas, sem dar tempo de respirar! Matador! E para fechar, com pedidos do James para que todas as luzes do Morumbi fossem acesas, Seek&Destroy, com seu refrão cantando de uma forma que acredito deu para ouvir do Parque Antártica! :oP
Acho que a melhor forma de fechar essa resenha, é com o comentário feito pelo Adamo, na volta: "Todo começo de música, eu olhava para vc e para o Natan, e parecia ano novo! Só dava vcs gritando, se abrançando, chorando, pulando!"
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